Foi inaugurada na tarde desta terça-feira (22/11), no Foro Central I de Porto Alegre, a exposição “Borboletas pela paz, construindo novos horizontes”. A mostra, que pertence ao Projeto Borboleta, foi elaborada pelo Grupo de acolhimento de mulheres vítimas de violência doméstica. O projeto tem como objetivo, acolher, orientar e dar dignidade a essas mulheres, como também, de frisar sobre a importância do combate ao ciclo da violência. Promovido pelo 1° e 2° Juizados da Vara da Violência Doméstica da Capital, a exposição – que permanecerá no 2º andar do Foro Central I – faz parte da programação da 22ª Semana da Justiça pela Paz em Casa do TJRS.
Na abertura do evento, a titular do 1º Juizado da Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher de Porto Alegre, Juíza Madgéli Frantz Machado, agradeceu a presença de todos destacando: “Quero primeiramente agradecer a todos os servidores (as), voluntários (as), estagiários (as), aos colegas do Ministério Público e Defensoria Pública, que tem nos auxiliado ao longo dessa caminhada. Sem essa rede do sistema de Justiça e rede externa não seria possível estar oportunizando este momento para as mulheres do Borboleta. Que bom que vocês conseguiram chegar até aqui”, celebrou a magistrada.
Em sua fala, Madgéli Machado ressaltou a atuação multidisciplinar de todos envolvidos no combate à violência doméstica e fez votos de permanecerem no projeto: “Continuem conosco. Encontrem aqui a esperança de dias melhores. Toda vez que uma mulher vai registrar ocorrência na Delegacia e pede uma medida protetiva, ela recebe no whatsapp a decisão, que se transforma em libertadora”, explicou.
A magistrada também apresentou o Jogo da Fada Lila, lançado durante a abertura da Semana da Justiça pela Paz em Casa na última segunda-feira, em solenidade no Palácio da Justiça. O jogo de tabuleiro aborda a temática da violência doméstica junto a alunos do ensino fundamental. O material lúdico foi confeccionado pela CEVID e a Direção de Comunicação do TJRS – DICOM.
Juíza Madgéli apresentou o Jogo da Fada Lila, lançado pela CEVID
Sobre as medidas protetivas, a Juíza Madgéli falou sobre a importância de as vítimas procurarem ajuda: “Todos os dados demonstram que as mulheres que conseguem chegar até o sistema de Justiça – e tem medida protetiva – possuem mais proteção”, enfatizou Madgéli. Ao seu lado, estava a Juíza designada junto ao regime de exceção da 1° Vara da Violência Doméstica e Familiar da Comarca de Porto Alegre, Márcia Kern e a Coordenadora do Projeto Borboleta e Psicóloga, Ivete Vargas, a Arteterapeuta Flávia Pessôa, a Coordenadora da CAPM, Ana Lúcia Weidle Paupério, além de magistrados dos Juizados da Violência Doméstica, servidores, voluntários, estagiários e representantes do Ministério Público e Defensoria Pública.
Do origami à lenda japonesa
Durante o evento, os participantes puderam prestigiar a apresentação da Assistente da CEVID, Viviane Marques. Voluntária do Projeto Borboleta, Viviane relacionou os trabalhos de origami, da Arterapeuta Flávia Pessôa, e de lendas do Japão, para contar a história do Véu Encantado, proporcionando uma reflexão e inspiração para o empoderamento das mulheres integrantes do grupo de acolhimento.
A servidora da CEVID e voluntária do Projeto Borboleta, Viviane Marques contou história da cultura japonesa.
No encerramento, foi apresentada a 2ª edição do Bazar das Borboletas, fruto da integração e doação de roupas e itens de cuidados pessoais destinados para as mulheres que participam do projeto Borboleta. Também foi inaugurada a Biblioteca da Vara de Violência Doméstica, que foi elaborada em parceria com o Banco de Livros, da Fundação Gaúcha dos Bancos Sociais. A Juíza Márcia Kern teceu elogios à iniciativa: “Além das manifestações artísticas de artes plásticas e dobraduras, se vê no nosso ambiente a palavra. A palavra escrita, que sempre nos foi tão cara, quando muitas vezes, tivemos que nos calar; calar nossa voz. A escrita é capaz de muitas coisas. Quero elogiar a exposição e agradecer por estar assistindo”, destacou a magistrada.
Livros estão à disposição na sala e no corredor do Juizado da Violência Doméstica, no Foro Central da capital
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